Enquanto figura de linguagem, a anáfora é caracterizada pela repetição de uma ou mais palavras no início de versos, orações ou períodos. Muito utilizada na poesia e na música, a anáfora aumenta a expressividade da mensagem, enfatizando o sentido de termos repetidos consecutivamente.
Anáfora tem sua origem na palavra grega anaphorá, que indica o ato de trazer ou manter uma repetição.
Exemplos de anáforas:
Eu quero amor!
Eu quero alegria!
Eu quero calor!
Eu quero fantasia!
Vi você chegando e parei.
Vi você chegando e me calei.
Vi você chegando e chorei…
Exemplos de anáforas na literatura e na música:
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
(Manuel Bandeira)
Acorda, Maria, é dia
de matar formiga
de matar cascavel
de matar estrangeiro
de matar irmão
de matar impulso
de se matar.
(Carlos Drummond de Andrade)
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
(Tom Jobim)
Atenção!
Além de ser uma figura de linguagem, anáfora é também o nome dado a um processo sintático através do qual um termo faz referência a uma informação previamente mencionada. Esse termo pode ser chamado de termo anafórico ou elemento anafórico.
Exemplo: Paulo não foi à festa. Ele estava fazendo serão no trabalho.