A linguagem coloquial, também chamada de linguagem informal ou linguagem popular, nada mais é do que a linguagem falada no dia a dia pela maior parte dos falantes brasileiros. 

É linguagem usada com familiares, amigos, conhecidos, vizinhos,... em situações cotidianas de comunicação, como conversas descontraídas, diálogos espontâneos, mensagens de celular, chat na Internet,...

Características da linguagem coloquial

A linguagem coloquial é uma linguagem falada, descontraída e espontânea, que responde a necessidades de comunicação imediata, acontecendo em tempo real. 

Assim, é normal que ocorram algumas incorreções linguísticas, havendo um maior relaxamento em relação às regras gramaticais, o que não ocorre na linguagem escrita.

A linguagem coloquial está sujeita a variações regionais, culturais e sociais, recorrendo ao uso de vocabulário simples, de expressões populares e de gestos que acompanham a fala. É considerado por muitos como um registro pouco prestigiado e incorreto. Isso não corresponde, contudo, à realidade. A linguagem coloquial é a expressão viva de uma língua em uso.

O único inconveniente no uso da linguagem coloquial é se o falante não souber fazer a transição desse tipo de linguagem para a linguagem formal nos momentos em que essa é exigida, como em concursos públicos, entrevistas de emprego, documentos oficiais,...

Exemplos da norma coloquial em uso

  • Utilização do verbo ter com sentido de existir: Tem muita gente na festa.
  • Utilização da próclise no início das frases: Te amo!
  • Utilização de a gente em vez de nós: A gente vai hoje!
  • Utilização de palavras abreviadas ou contraídas: tá, pra, cê,…
  • Utilização de gírias, palavrões e palavras inventadas: Pô, que caô meu irmão!
  • Utilização de palavras para articulação de ideias: Foi, tipo, muito engraçado!
  • Utilização de marcas de várias pessoas gramaticais: Você vem ou eu te espero?

Saiba mais sobre linguagem formal e informal.

Flávia Neves
Flávia Neves
Professora de português, revisora e lexicógrafa nascida no Rio de Janeiro e licenciada pela Escola Superior de Educação do Porto, em Portugal (2005). Atua nas áreas da Didática e da Pedagogia.